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Mostrando postagens de agosto, 2017

REINVENÇÃO DO COTIDIANO

Houve um prolongado período em que meu cotidiano era muito diferente. Lembro-me que, das cinco às seis da manhã, permanecia deitado com olhos semicerrados esperando, inquieto e pensativo, os minutos transcorrerem em seu meticuloso ritmo. Depois, a roupa do dia, a água acariciando as mãos e o rosto, a toalha, o café com leite (pouco açúcar), o pãozinho com manteiga. Depois sem manteiga. Às pressas, uma fruta ou um pedaço dela. Voltava à água e às escovas, de dentes e de cabelos (poucos cabelos desde então), à desatenta conferência ante o espelho. E tudo se iniciava, porta afora, escola adentro. Assim caminhavam os dias, diligentes e com suas aparentes novidades, que mais seduziam do que permitiam atentar à sua frenética pulsação. No início da noite, com as aulas ministradas, desenvolvidas as dissertações e teses, completadas as tarefas administrativas, as horas quase sempre pareciam ocultar seu destino e os dias se despediam, sem retorno, nas constantes interrogações p

13 DE AGOSTO DE 2017 - Maria Cristina

São Paulo, 13 de agosto de 2017. Dia dos pais aqui abaixo da linha do Equador. Data comercial para uns, sem sentido para outros e pra mim, só mais uma entre tantas para festejar. O que eu tenho pra dizer é simples, mas vem do coração. Passemos, então, às comemorações: - Feliz dia do "pode ir sossegada"; - Do "vai com calma"; - Do "Não adianta afobar"; - Do "Eu fico emocionado..." ; - Do "Está na área, Melzinha?" ; - E ainda do "Não faça como eu fiz." Feliz dia àquele que foi o meu primeiro grande amor, que por tantas vezes chamou minhas bonecas de "Tripa". Feliz dia dos pais para quem não me contava histórias de princesas, mas de gente de verdade. Que me fazia pensar sobre o que eu desejava da vida desde os quatro anos de idade. Feliz dia para quem ouvia (e me fazia ouvir) Tom Jobim no último volume e Xuxa sem som. Obrigada pelos poucos "nãos" q