Amor de pai é
paradoxal: embora infinito, está sempre em fase de expansão,
se completando a
cada dia, se renovando a cada encontro.
Entretanto... do primeiro poema
dedicado a gente sempre se lembra.
Tudo continua válido como se
tivesse sido escrito ontem.
MARIA CRISTINA
Ainda não completei a confissão
Que necessito ouças de meus lábios
No tempo de tua permanência a meu lado,
Na época de tua inocência tão espontânea,
Dourada mensagem de verdade e apreço.
Ainda me causas sensações de primeira vez
Porque chegaste antes do entendimento
Fazer-se incontestável, dependente de ti,
À
moda das coisas que parecem ter existido
No constante sempre que tu me inspiras.
Ainda és como se meu mundo principiasse
Na direção da tua sublimidade, umedecida
Com as lágrimas que choras e fazes secar
Nos embates que travas entre tua herança
E teu
destino, tua pressa e tua suavidade.
Ainda personificas vitória e revelação
Expostas em cenários cristalinos, despojados,
Circunscritas em transparentes perspectivas,
És passageira fugaz de meus insistentes enlevos,
Inesquecível companheira na aventura de minha vida.
Vou sempre precisar de explicação!
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