A vida se mostra sempre disposta a renovar as suas razões para reconstruir
os nossos motivos.
Assim, aquilo que se foi abre espaço para o que virá: um irrecusável convite para reinventar os gestos e as medidas.
REINVENÇÃO
Os versos antigos incluíam hermética aparência,
Depois vieram os silêncios, a noite e os sonhos.
A manhã trouxe a consciência das palavras restauradas:
Era tempo de redirecionar o fluxo da imaginação.
Não fossem apagados os sinais da origem e da audácia,
Mas não faltassem motivos para assegurar a esperança.
Apenas se soubessem presentes os olhos dispostos
E as tintas para colorir o branco dos novos passos.
Seria também necessário que, habitualmente,
As mãos estendidas se concedessem, acolhedoras.
Seria imprescindível, por fim, a sólida decisão
De reinventar a cada dia o gesto e a poesia.
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