O melhor amigo de quem gosta de histórias, apesar de todo aparato tecnológico disponível, é, ainda, um lápis. Ou seria melhor eu falar por mim e dizer que meu melhor amigo (sim, sou uma apaixonada por histórias) nesses últimos tempos é um lápis? Na verdade uma lapiseira: vermelha, cheia de vontade própria, nada discreta, que se joga na minha mão a cada microssegundo de inspir ação. Lembro-me das minhas primeiras palavras escritas: eram quase "desenhadas" com grafite (incrível como parece que faz tão pouco tempo). Em quase todas as tentativas de juntar letras e sílabas se fez necessário o uso da borracha, leal companheira, salvadora de garranchos, descaprichos e erros. O lápis, se bem acompanhado, a seu modo permite o retorno, o recomeço, o ajuste. História nenhuma traça seu caminho sem uma borracha que, debochada e leve, vive do prazer de desconstruir, derrubar, apagar e mudar as rotas (e sem grandes dificuldades). Canetas assinam documentos, não contam histó
Doses de palavras em textos e poemas!