Amor de pai é paradoxal: embora infinito, está sempre em fase de expansão,
se completando a cada dia, se renovando a cada encontro.
Entretanto... do primeiro poema dedicado a gente sempre se lembra.
Tudo continua válido como se tivesse sido escrito ontem.
ANA LUÍSA
Ainda não consigo harmonizar tua
presença
Com meu espanto, indescritível
exercício de amor;
Não mais que observo teus largos
limites:
Tuas fronteiras, graciosas e
imperturbáveis,
São límpidas auroras sucedendo
noturnas hostilidades.
Ainda não transpus os desafios
que me propões
Nas tuas palavras, gestos mansos, e nas tuas frases:
Desconcertantes lições de
aceitação e lógica,
Nos teus pequenos passos
apressados na antessala
Do tempo, ingênua e sábia, sagaz
e meiga.
Ainda me absorvo em minha
imaginação
Na tentativa de captar as nuances
de tua essência
Enquanto passeias teus sonhos,
descontraída,
Removendo abismos a uma leve
síntese verbal,
Distribuindo paz através de fontes autênticas de vida.
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