Quando as pétalas de todas as flores
despencam, permanece a impressão de uma invertida primavera. Com as pétalas
caídas, os sorrisos são menos luminosos e sintomas de angústia podem acompanhar
as sombrias horas da tarde.
Alguma perplexidade poderá estar ao
lado e as emoções serão proclamadas apenas como sussurros
aos ventos crepusculares. Negligenciados, os sentimentos vão deslizar pelos
dedos, esvaziando as mãos. E os lábios se calarão.
O cenário mais comum mistura os
últimos raios de luz com a inquietude da penumbra, o que trará consigo feições
de pressa e intransigência. Alguém abreviará propósitos e condensará declarações; mensagens serão
postergadas e, de certo modo, um tanto de vida
será adiado.
O que é fugaz se apresentará com ares
de definitivo, até que se levante uma nova primavera e as flores renovem suas
pétalas, acionando de novo os sintomas de sua vitalidade.
Assim, será possível dizer adeus à angústia e aos crepúsculos sumários. Será, outra vez, o tempo de as mãos se encherem de gestos, os lábios de palavras, as emoções de intensidade.
Assim, será possível dizer adeus à angústia e aos crepúsculos sumários. Será, outra vez, o tempo de as mãos se encherem de gestos, os lábios de palavras, as emoções de intensidade.
A aurora reconstruída conduzirá,
então, os dias pelos caminhos da luz.
Lindo lindo meu tio!
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