Lembro-me das
pequenas luzes
Iluminando a minha cidade.
Nas calçadas de
pedra
Crianças e sua
ingenuidade
Brincavam sem
apreensões;
Na espaçosa varanda
da casa,
Tudo em seu
lugar certo
Para
impressionar os que passavam.
Na imperturbável torre do
relógio
A morosidade de
seus ponteiros
Contava os minutos ainda
tranquilos;
As badaladas,
soando no céu,
Impregnavam o ar
e os ouvidos.
Lembro-me da
vila distante,
Da árvore enorme
e frondosa,
Contemporânea a
mil gerações,
Enquanto meus
gestos se agitam
Tentando
explicações razoáveis
Para o espanto
de meus sentidos.
Nada mais a
declarar:
O espetáculo já
é diferente,
Não há mais
aqueles sorrisos
E as imagens nitidamente opacas
Transformam
lirismo em resignação.
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