Quando eu vim ao mundo
Não fiz suposições:
As fantasias eram vagas,
As tentativas eram inseguras;
Eu não me dava aos sonhos,
Vivia o tempo das primícias
Ao redor dos que me amavam
Enquanto concebia a imaginação.
Quando eu vim ao mundo
Fui saudado pelo mesmo céu
Que observou, silencioso,
Todas as minhas horas de sono;
Fui recebido festivamente
Pelas mesmas mãos, companheiras
Das minhas escaladas,
Das minhas descobertas.
Eu passei a compreendê-las
E amá-las, em si mesmas.
Quando eu vim ao mundo
Todas as coisas pareciam
Estar bem mais próximas
Dos seus lugares apropriados;
Não enxergava sob os fatos
Nem por trás das fisionomias.
Os risos de hoje me contemplam
Com um semblante sincero,
Os risos dos que me querem
Com minhas limitações,
Com meus desencontros,
Com minhas incoerências.
Eu passei a compreendê-los
E amá-los, em si mesmos.
Quando eu vim ao mundo
Desejei, tenho certeza, saber
Das mesmas verdades absolutas
Que hoje proclamo serenamente
(Sempre fomos a busca
Chegada em companhia da vida);
Conheci a certeza duradoura,
A grandiosidade da definitiva
paz.
Eu aprendi a compreendê-las
E amá-las em si mesmas.
Quando eu vim ao mundo
Houve íntimas comemorações,
Preces, lágrimas, cânticos,
Risco de vida, noites em claro,
Lutas e constantes preocupações;
A consciência foi sendo
cultivada,
Os sonhos se estabelecendo,
A sensibilidade se projetando,
Os acontecimentos se sucedendo;
A percepção se desenvolveu
E eu aprendi a amar
A busca, o tempo, a essência.
Quando eu vim ao mundo
Os sentidos não imaginavam
A felicidade tão profunda
E o amor tão sublime
Que eu recebi da Vida
Através daquelas pessoas
Que a própria Vida me fez
Minhas.
Que lindooo amigo Rocco!!!
ResponderExcluirQue bom poder compartilhar de sua poesia !!!
Obrigada grande amigoooo